O que é nearshoring e por que está em alta?
Nearshoring é a estratégia de transferir processos produtivos para países mais próximos do mercado consumidor final. No caso do México, trata-se de um movimento crescente de empresas que realocam fábricas da Ásia para a América do Norte, a fim de reduzir custos logísticos, enfrentar menos barreiras alfandegárias e responder com mais agilidade à demanda. Esse fenômeno tem transformado o México em um polo estratégico, especialmente para o setor automotivo e de manufatura.
Nearshoring acelera o ritmo logístico no México
Com o avanço do nearshoring, o México caminha para se consolidar como um dos principais polos industriais da América Latina e o impacto não se limita à produção de bens. Segundo projeção da Statista, a demanda por transporte de carga deve atingir US$ 59 bilhões até 2030, com crescimento anual de 5,23% a partir de 2025.
Autopeças no centro da transformação
O crescimento do comércio B2B digital no setor de reposição automotiva já é realidade. Distribuidores que operam com catálogos digitais, sincronizam estoques em tempo real e automatizam precificação conseguem atender melhor seus clientes oficinas, lojistas e até consumidores finais. Esse avanço reduz rupturas, facilita o acesso à informação técnica e agiliza o dia a dia dos compradores.
Casos concretos de digitalização no pós-venda
Empresas mexicanas vêm se adaptando. Há redes de distribuição que automatizam margens por canal de venda, concessionárias que já oferecem peças online e grupos que compartilham estoques entre filiais. Essas soluções não só melhoram a experiência do comprador como também ampliam a competitividade frente à crescente demanda logística trazida pelo nearshoring.
Muito além dos caminhões: o desafio das autopeças
Esse novo ciclo logístico exige mais do que caminhões: impõe um redesenho completo da distribuição de autopeças e serviços de pós-venda. Distribuidores com catálogos digitais e estoques sincronizados têm vantagem competitiva. A automação evita rupturas, reduz erros e facilita o acesso a informações de aplicação e disponibilidade.
Queda na produção reforça necessidade de eficiência
Segundo a ANPACT (Associação Nacional de Produtores de Ônibus, Caminhões e Tratores), a produção de veículos pesados caiu 22,3% no primeiro quadrimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024. A retração evidencia a importância de estratégias digitais para manter a cadeia abastecida.
Oficinas e varejo colhem os frutos da digitalização: O futuro é integrado e automatizado
Para oficinas e revendas, a transformação digital representa agilidade e previsibilidade. Já é possível buscar a melhor opção de peça sem depender de telefonemas ou visitas físicas. Fabricantes que digitalizam catálogos e automatizam margens ampliam o alcance a clientes menores.
No México, há distribuidores que compartilham estoques entre filiais, concessionárias que vendem peças online e plataformas que integram toda a jornada da peça do catálogo ao checkout. O nearshoring acelera esse movimento. Digitalizar não é mais tendência: é pré-requisito para acompanhar a nova demanda.
O futuro em perspectiva
A jornada do setor de autopeças diante do nearshoring e da digitalização será marcada por três fases:
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Curto prazo: adaptação rápida e digitalização imediata;
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Médio prazo: consolidação competitiva e novos canais digitais;
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Longo prazo: transformação estrutural, integração regional e inovação em modelos de negócios.
O cenário mostra que quem apostar desde já em inovação terá mais chances de liderar o mercado no futuro próximo.