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Automotiva

O papel dos integradores no ecossistema automotivo da América Latina

Integradores – plataformas digitais que conectam fabricantes, distribuidores, oficinas, frotistas e varejistas – estão se consolidando como força transformadora no setor automotivo latino-americano. Em um panorama marcado por fragmentação, informalidade e alta complexidade técnica, essas soluções digitais entregam padronização de catálogos, roteamento otimizado, cálculo fiscal automatizado e logística integrada, contribuindo para redução de custos, tempo de atendimento e erros operacionais.

Um mercado em expansão acelerada

O setor automotivo da América do Sul deve movimentar US$ 24,88 bilhões em 2024, com projeção de alcançar US$ 36,90 bilhões até 2029, segundo levantamento da consultoria Mordor Intelligence. Esse crescimento é impulsionado pela digitalização da cadeia, pela adoção de novos modelos híbridos e elétricos e pela recuperação pós-pandemia, que reaqueceu a demanda reprimida.

Dentro desse ecossistema, as soluções digitais para o varejo automotivo, segmento que inclui os integradores, também avançam em ritmo acelerado. Um relatório divulgado pela plataforma La Función MX mostra que esse setor movimentou US$ 12,4 bilhões em 2022 e deve crescer a uma taxa média anual de 15,7% entre os próximos anos, com destaque para a América Latina como uma das regiões de maior expansão. 

Benefícios práticos da integração 

 
Na prática, os integradores oferecem valor em diferentes frentes. Ao normalizar códigos de peças e compatibilidades, evitam erros que geram retrabalho e custos extras. Ao permitir cotações em tempo real, reduzem o tempo de parada de veículos, um diferencial crítico para oficinas e frotistas. Para concessionárias, a integração de sistemas de gestão (DMS) ao catálogo técnico permite orçamentos e pedidos automáticos com base no número do chassi. Oficinas independentes conseguem, via aplicativos, comparar preços entre distribuidores e agendar entregas. Já marketplaces utilizam roteamento inteligente para conectar clientes ao distribuidor mais próximo com emissão imediata de nota e rastreio. 

Desafios estruturais ainda em pauta

Apesar dos ganhos, desafios persistem. A informalidade estrutural ainda responde por uma fatia significativa do comércio de peças na região, dificultando a rastreabilidade. A baixa qualidade dos dados — com catálogos despadronizados e códigos distintos para o mesmo item — exige constante saneamento. Além disso, a complexidade tributária local, que varia não apenas entre países, mas também entre estados e municípios, torna a integração fiscal um ponto crítico. Oficinas menores enfrentam limitações tecnológicas, enquanto distribuidores tradicionais temem a canibalização de canais, exigindo regras claras de atuação.

Tendências que moldam o futuro

As tendências reforçam o papel estratégico dos integradores. Soluções de inteligência artificial já estão sendo aplicadas para reconhecimento de peças por imagem e sugestão de equivalências. Dados de telemática embarcada (via OBD e CAN bus) permitem disparar ordens automáticas de compra com base em manutenção preditiva. APIs abertas e neutras devem simplificar integrações, enquanto serviços de embedded finance (financiamento embutido) tornam viável o acesso a crédito e seguros durante a jornada de compra. A sustentabilidade também se insere no debate, com rastreabilidade de peças recondicionadas e logística reversa integrada. 

Impacto em toda a cadeia automotiva

O impacto é sentido em todos os elos. Fabricantes ganham visibilidade real da demanda e combatem falsificação. Distribuidores reduzem rupturas e melhoram giro de estoque. Oficinas passam a ter prazos mais curtos e maior previsibilidade no ticket médio. Frotistas elevam a disponibilidade da frota e reduzem custos de manutenção. O consumidor final, por sua vez, recebe um serviço mais rápido, com maior transparência em prazo e preço. 

Como medir resultados

A adoção desses sistemas será medida por indicadores como a taxa de pedidos corretos, o tempo médio entre diagnóstico e entrega, o nível de ruptura de estoque e a satisfação de oficinas e frotistas (NPS). Especialistas recomendam que a integração seja iniciada com mapeamento de dados, pilotos regionais, governança de catálogo e treinamento das oficinas com incentivos claros. 


Um motor de transformação

Ana Dias
Pós-graduada em Comunicação Digital e graduada em Jornalismo pela PUC-MG. Criadora de conteúdo na Alephee.

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